Borba de Godim
População: 2 341 habitantes (2011)
Densidade: 302,1 hab/km².
O seu nome deriva dos nomes do Deus Celta das águas, Borba, e do
nome do seu Proprietário Suevo, Goodwin.
Antigamente chamada São Miguel de Borba de Godim, pertenceu ao
concelho de Celorico de Basto antes de integrar o de Felgueiras
Actividades económicas: Agricultura, industria têxtil,
calçado,fabrico de urnas e metalurgia
Feiras: Semanal, às terças-feiras, Feira Franca (domingo anterior ao
Natal), segundas e terças-feiras de Páscoa
Festas e romarias: S. Sebastião (20 de Janeiro), S. Roque (28 de
Agosto), Nossa Senhora das Vitórias (Setembro) S. João (24 de Junho)
SÃO MIGUEL ( 29 DE SETEMBRO) que é seu padroeiro
Património cultural e edificado: Igreja matriz, Capela dos Coimbras
e inscrição do fundador da igreja de Borba de Godim
Outros locais de interesse turístico: Seixoso, Quinta do Paço e
Monte do Ladário
Gastronomia: Vinho verde,cozido à Portuguesa, o Bacalhau, o Arroz de
Cabidela, e os assados no forno a lenha.
Artesanato: Bordados
Colectividades:
Sociedade Columbófila da Lixa,
Associação Recreativa e Cultural da Lixa,
Lyons Clube,
Bombeiros Voluntários da Lixa,
Associação da Banda de Música da Lixa.,
F. C. da Lixa,
Rancho Folclórico "As Lavradeiras"
Centro Infantil Borba de Godim
Fundada nos fins do século X por D. Analso Guiçóis ou Anulfo Visóis,
a igreja de Borba de Godim, outrora do concelho de
Celorico de Basto, constitui motivo de orgulho para os seus
habitantes, pelo seu estilo românico original e pela antiguidade do
povoamento. O próprio topónimo aponta para a origem em Bormo (Deus
celta).
Apesar de tudo, documentalmente, só aparece pela primeira vez no
século XII (cerca de 1136), numa importante sentença, em que D.
Afonso Henriques julgou legitimidade de posse, defendida por seus
"patronos" contra intrusos, os quais mostraram que eram verdadeiros
descendentes de D. Analso Guiçóis.
A mesma sentença foi confirmada, em 1218, por D. Afonso II e. em
1270 por D. Afonso III, que se tomou padroeiro e patrono da igreja
de Borba.
As Inquirições de 1258 e de 1290 esclarecem que a igreja de Borba
era dos filhos e netos de D. Garcia Saz e de Pedro Mendes de Vilar,
os quais apresentavam o prior na igreja. Assim sendo, a Igreja
possuía 8 casais com "honras" numa extensa área até Sanguinhedo.
Mais tarde, em 1422, aparece-nos como um dos seus 'principais
padroeiros, João de Burgos, almoxarife, que naquela data empenhou a
sua quinta de Borba por 120 coroas a Fernão Vasques da Cunha; e.
Como aquele Almoxarife; não pagou o penhor, este alcaide de Celorico
de Basto ficou com a quinta e padroado de Borba, do que obteve
confirmação régia dada por D. Duarte em 1433.
D. Manuel haveria de tomar o destino da igreja nas suas mãos. Para
acautelar o padroado da Coroa e da Igreja, anexou a igreja de Borba
de Godim à de Agilde, e os seus avultados bens à Comenda da Ordem de
Cristo.
E a Igreja cresceu! Em 1975, diz-se, a ela acorriam tantos
peregrinos, que em dia de Jubileu, nem 30 Padres eram suficientes
para os confessar a todos...
Desde aí, é uma das maiores freguesias de Felgueiras,
constituindo-se na pujante Vila da Lixa. Autêntico pólo urbano que
vai desde a capela da Senhora das Vitórias até à Franqueira.
Em Borba de Godim se acolheu a polémica família dos Balizares.
protagonista de "Uma Guerra de Cem Anos" em Amarante.
Também aqui, no Monte das Vitórias, decorreu a histórica batalha, em
1834, entre Liberais, e Miguelistas; o sangue derramado perpetuou
para sempre tão trágico momento da sua história. Foi berço de
Leonardo Coimbra, o grande mestre e filósofo.